17 outubro 2016

"Obama termina mandato, bloqueio permanece intacto"


A diretora para os Estados Unidos da chancelaria cubana, Josefina Vidal, afirmou hoje que o presidente Barack Obama concluirá seu mandato e o bloqueio ficará intacto. No dia de atividades contra o bloqueio do "Vespeiro universitário", a servidora pública afirmou que o mandatário estadunidense não esgotou todas suas prerrogativas para a eliminação desse cerco econômico, comercial e financeiro, qualificado como genocida pela comunidade internacional.

O governo dos Estados Unidos enfatizou que chegou ao limite, mas muitos advogados dizem que não é assim, que ainda há um amplo espectro de atuação, apontou Vidal perante jovens cubanos reunidos na Universidade de Havana.

A diplomata explicou detalhes sobre as diretrizes presidenciais ditadas recentemente por Obama sobre a ilha, que entraram em vigor nesta segunda-feira. Nesse sentido, explicou que essas medidas significam um passo favorável, mas limitado em termos dos benefícios para Cuba.

Vidal considerou também que o documento foi feito da ótica e visão do executivo norte-americano e por tanto 'não pode ser separado de sua visão ingerencista'.

Não obstante, reconheceu o esforço por continuar no futuro o atual caminho dos vínculos com a nação caribenha.

Explicou que por seu caráter presidencial não é obrigatório que futuros governos deem seguimento a essa estratégia da administração Obama.

Disse Vidal que as diretrizes não ocultam sua intenção de promover mudanças na esfera política da ilha e que para isso pretende uma aproximação ao setor privado cubano.

Além disso, destacou que a Casa Branca não abre mão de instrumentos hostis como as transmissões ilegais e a divulgação de programas subversivos contra a maior das Antilhas.

A servidora pública da chancelaria afirmou que está expresso claramente na diretriz que os Estados Unidos não renunciarão ao território ilegalmente ocupado na província de Guantânamo.

Em resumo, estabelece uma nova política a partir do reconhecimento de um fracasso, no sentido de não conseguir seu objetivo estratégico, que é a promoção de mudanças na ordem política de Cuba, observou.


Assim mesmo, Vidal reafirmou a vontade do governo cubano de estabelecer relações com os Estados Unidos, mas sobre a base do respeito à soberania, à independência e à autodeterminação do povo.



Da Prensa Latina

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