15 dezembro 2016

"Apoiar a Venezuela é lutar pela emancipação da América Latina


Há datas destinadas a mudar o rumo dos povos. Há homens que impulsionam esse movimento e deixam um legado difícil de apagar, apesar do avanço impecável do tempo. Há momentos nos quais o abraço entre dois sonhadores transcende o mero fato para transformar a fisionomia dos povos.

Há 22 anos encontraram-se Hugo Chávez e Fidel Castro. O primeiro deles empolgado diante do gesto de quem considerava seu mentor. O segundo como o pai previsor que enxerga no jovem a esperança da mudança. Juntos encorajaram um projeto que, 12 anos após ter sido criado, deve ser aprofundado, devido à atual conjuntura de ameaças aos processos progressistas, especialmente o iniciado por Chávez na Venezuela.

"É imperioso hoje o apelo a todos os povos da América Latina e o Caribe a serem solidários com essa Venezuela bolivariana e generosa, vítima neste momento de um grande assédio e uma hostilidade sem precedentes, por parte das forças inimigas do progresso em nossa região», assegurou o presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro no ato comemorativo que teve lugar em Havana. Porque «apoiar a nação sul-americana em uma época de ofensiva das oligarquias, do imperialismo e do neoliberalismo, é lutar pela emancipação da América Latina e o Caribe", indicou o presidente cubano no Palácio das Convenções.

Solidariedade, complementaridade, consenso nas ideias e unidade são as palavras de ordem na ofensiva regional que obriga, mais uma vez, a andar em quadro apertado como a prata nas raízes dos Andes. O pensamento dos libertadores é o guia perante o novo cenário e indica o caminho a seguir, o mesmo que aprofundaram Fidel e Chávez. É por isso que «nos cabe a todos fazer de seus legados a trincheira invencível para a defesa da pátria americana», como disse Raúl.

Do outro lado, o continuador da obra de Chávez, o atual presidente da Pátria de Bolívar, Nicolás Maduro, agradeceu a Raúl a quem vê como "o irmão mais velho e um líder protetor de todos os revolucionários e que tem uma sabedoria especial".

Maduro não só denunciou as investidas contra seu país que tentam gerar uma imagem de ingovernabilidade e caos, mas também insistiu na necessidade de desenvolver um modelo econômico regional que indique o rumo do novo começo e seja referente para o bem-estar da Nossa América.

"É preciso desenvolver um projeto financeiro entre nós. É preciso deixar às novas gerações um novo modelo econômico sustentável", sublinhou em seu discurso de quase uma hora.

A única organização que pode fomentar esse objetivo é a ALBA, assegurou o presidente venezuelano, quem se soma à ideia expressa anteriormente pelo presidente cubano de que «nos cabe pôr em nossas costas a mochila de Chávez e Fidel para continuar lutando.

Em outro momento, Maduro agradeceu em nome de seu povo a declaração emitida por ambos os governos e na qual se destaca a profunda convicção humanista da ALBA e seu papel de ator político de vanguarda. Destacou, ainda, o respaldo da Ilha caribenha a essa nação irmã.

No ato também falaram um médico cubano que prestou seus serviços na Venezuela e uma jovem dessa nação formada na Escola Latino-americana de Medicina. Os dois são o exemplo mais palpável do alcance do sonho de duas grandes figuras destas terras: Fidel e Chávez.

Do Granma

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